Noite pastorada
Na velhice
das metáforas
chega essa noite.
Em seu úbere sem idioma,
A lenda eterniza
a raiz de uma velha
Sombra esclerosada.
No chão
as pedras confabulam
a criação de um longo cemitério de magrezas.
a criação de um longo cemitério de magrezas.
Há rezas
sendo recitadas
em vão, nos casarios.
Uma fome come as tripas da tarde
Que já se desfia sem ternura
Sob o solo de envelhecidas
mãos desenganadas.
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